Crack: um problema que cresce a cada dia
Introdução O uso de drogas ilícitas está crescendo a cada dia, tanto no nosso país como no mundo inteiro, situação preocupante, pois o usuário quando está sob o efeito da droga perde o controle de si mesmo, deixando a sua família e a sociedade a mercê da sua violência, que é uma das reações causadas pelo efeito da droga. Nos últimos meses a mais falada delas é o crack, devido à desocupação da cracolândia em São Paulo, que na verdade não resolveu o problema, apenas trocou os usuários do seu local de consumo. Nessa situação é que se tem mais certeza de que a dependência química não é um problema a ser resolvido pela polícia, e sim pela saúde pública. Não adianta expulsar os usuários de determinado lugar para deixar de usar a droga, o que se tem a fazer é a saúde pública dar condições para esses usuários serem tratados e desintoxicados. Pois assim o problema só muda o seu espaço geográfico, mas continua o mesmo. Mais um agravante do uso do crack é que é uma droga que causa dependência muito fácil, pois o seu efeito é curto e a falta dele causa sensações muito desagradáveis, então a pessoa acaba usando novamente para que os efeitos da abstinência desapareçam, e as chances de cura são mais baixas do que as de outras drogas, pois a vontade de usar novamente é muito maior, então na maioria dos casos a pessoa inicia o tratamento, mas o abandona. Com apoio familiar e da sociedade, uma situação favorável de tratamento, pessoas qualificadas para acompanhar o usuário e muita persistência e força de vontade para abandonar o vício, a cura da dependência não é impossível, mas o nosso país precisa de políticas públicas que mudem o sistema de saúde para que isso seja possível. Um breve histórico do crack O crack surgiu na década de 70, nos Estados Unidos a partir da mistura da pasta de cocaína e bicarbonato de sódio para se tornar mais acessível a todas as classes, pois a cocaína pura era muito cara, tanto que era conhecida como “a droga dos ricos”. Ele atua no sistema nervoso central, através da dopamina, causando euforia e excitação, aumento do nível de alerta e de energia, aceleração psicomotora, insônia, diminuição do apetite, mas a dopamina também tem a capacidade de causar taquicardia, aumento da pressão arterial, midríase e sintomas paranoicos como a parasitose paranoica (momento em que o usuário tem formigamento em partes do corpo e imagina estar infestado de parasitas) quando se encontra em altas doses. Porém a droga tem um efeito muito curto, dura de 3 a 10 minutos e após o estado eufórico, vem o estado depressivo e para se livrar do mal-estar a pessoa acaba usando novamente, repetindo esse processo várias vezes, acabando na dependência. O uso prolongado causa emagrecimento, instabilidade de humor, paranoia e faz com que células importantes do nosso corpo, como os neurônios morram, levando a pessoa a ter perda de memória, dificuldade de concentração, perda do autocontrole, levando cerca de 30% dos usuários a morte num prazo de 5 anos, ou pelo uso, ou por outras causas relacionadas ao uso, como por exemplo, uma pessoa ter HIV decorrente de atividades promíscuas em momentos que estava sob o efeito da droga.
Artigo por Franciele de Quadros Colombeli - domingo, 7 de abril de 2013.
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